Skip to main content

BLOG DA HPB

| HPB Contábil | Blog

Quase 40% das Empresas em Recuperação Judicial Não Conseguem Retorno ao Mercado

Análise dos dados recentes revela aumento preocupante nas falências de empresas após recuperação judicial, exigindo estratégias eficazes de gestão.

Aumento Alarmante das Falências no Brasil

No terceiro trimestre de 2025, o cenário das empresas em recuperação judicial no Brasil se agravou. Quase 40% das empresas que deixaram a recuperação judicial durante este período acabaram por falir, um aumento significativo em relação ao ano anterior, onde apenas 11% enfrentaram o mesmo destino. A taxa de sucesso na recuperação, que é atualmente de 63%, mostra que muitas empresas, mesmo após cumprir seus planos de recuperação, não conseguem retomar suas atividades normais.

O levantamento realizado pelo Monitor RGF indica que o volume de companhias em recuperação judicial atingiu um recorde histórico de 5,2 mil no último trimestre, representando um crescimento de 20% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Com 435 novos pedidos de recuperação protocolados e dívidas acumuladas de R$ 16,8 bilhões, o cenário exige uma análise profunda dos fatores que levaram a esse aumento nas falências.

Uma das principais áreas afetadas é a região Sul do Brasil, onde setores específicos como comércio e serviços estão sentindo fortemente o impacto da crise. Dentre as 120 empresas que saíram do processo de recuperação, 44 não conseguiram se sustentar no mercado. Esse cenário exige atenção das autoridades e de consultores empresariais para auxiliar na transição desses negócios em dificuldades.




Quase 40% das Empresas em Recuperação Judicial Não Conseguem Retorno ao Mercado

Setores mais Impactados e Fatores Contribuintes

O setor agropecuário, notoriamente pressionado, apresenta uma taxa de 12,63 de IRJ-RGF, refletindo mais de 12 empresas em dificuldades para cada mil que operam. As altas taxas de juros, atualmente em 15%, são um fator crítico que dificulta a concessão de crédito e, consequentemente, a recuperação das empresas. Além disto, muitas companhias enfrentam falhas internas em suas gestões, não conseguindo resolver problemas estruturais que afetam sua operação.

Casos emblemáticos, como o da Oi, ilustram a gravidade da situação. Embora a empresa tenha recebido um empréstimo de US$ 400 milhões em 2023, sua falência foi decretada, evidenciando a falta de adequação e planejamento em sua recuperação. A análise do momento em que as empresas solicitam recuperação judicial é crucial, pois atrasos nas decisões podem levar à insolvência.

A Livraria Saraiva, que em 2023 pediu autofalência após enfrentar uma série de desafios, destaca como mudanças de mercado e crises impactam a viabilidade das recuperações. Esses eventos lembram a importância de ajustes internos e uma sólida preparação antes de qualquer solicitação de recuperação judicial.



Perspectivas Futuras e Conclusão

Os dados coletados revelam que a crise econômica atual, aliada à dificuldade de gestão nas empresas, poderá resultar em um aumento significativo no número de falências nos próximos anos. Para que a taxa de recuperação das companhias no Brasil melhore, é fundamental que empresários e gestores busquem estratégias mais eficazes, bem como a orientação de profissionais especializados em recuperação de empresas.

A preparação para a recuperação judicial deve incluir análises detalhadas do mercado e adaptações às novas exigências que surgem a cada dia. O desenvolvimento de um plano de recuperação que considere as particularidades de cada setor é vital para a sobrevivência das empresas neste ambiente tão desafiador.

Com as tendências atuais, a atenção às falências e à recuperação empresarial nunca foi tão necessária. O Brasil necessita de um entendimento robusto das dinâmicas de mercado e dos riscos associados à insolvência empresarial, para mitigar os danos em sua economia.

Fonte:


https://www.contabeis.com.br/noticias/74136/falencias-disparam-apos-recuperacao-judicial/